O 2º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em maio, apontou Índice de Infestação Predial (IIP) para Aedes Aegypti de 4.3%. Esse resultado é menor que o anterior, que foi de 6% em janeiro. Essa redução aponta que as ações implementadas pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), foram positivas, mas ainda não é satisfatório e requer atenção por parte da população, já que 80% dos focos foram encontrados dentro dos imóveis domiciliados. Por outro lado, o CCZ retoma os mutirões e ações de educação em saúde nos bairros com maior índice a partir desse quinta-feira (29).
“O LIRAa é uma importante ferramenta para mapear os bairros da cidade onde o Aedes aegypti está presente, possibilitando a gente traçar estratégias para controle do vetor. O objetivo desse monitoramento é identificar as áreas de maior circulação do mosquito e os tipos de depósitos mais comuns. Com isso, é possível direcionar as informações de prevenção e alertar a população sobre onde está o foco de água parada, que é mais perigoso e tem maior risco de proliferação dos mosquitos”, explica o coordenador do Programa de Controle de Vetores, Claudemir Barcelos.
Durante o LIRAa, 7.832 imóveis aram por inspeção em toda a cidade. Os focos mais predominantes (43,2%) foram encontrados em depósitos móveis como vasos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais e materiais em depósitos de construções. A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesse tipo de recipiente é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana.
Em seguida, tem os depósitos classificados como resíduos sólidos (18,2%), que são recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas, e entulhos de construção. Também se destacaram os pneus e outros materiais rodantes, como câmaras de ar e manchões (15,6%) e os depósitos fixos (15,2%), como tanques em obras de construção civil, borracharias, calhas, lajes e toldos em desnível, ralos, sanitários em desuso e fontes ornamentais.
Esse período de chuva e altas temperaturas é um perigo, pois favorece a proliferação do mosquito transmissor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde pede aos moradores que façam a vistoria uma vez por semana e eliminem toda água parada e inservíveis com potencial de criadouro.
“É essencial que todos se engajem na luta contra a dengue, pois só assim conseguiremos mudanças. O cenário de depósitos predominantes é quase o mesmo no LIRAa anterior, principalmente o lixo doméstico e descarte irregular de inservíveis. Diante disso, eu faço um apelo à população para que continue tomando todos os cuidados necessários para prevenção contra o mosquito e não deixe água parada nos quintais, além de proceder com o descarte correto de lixo”, reforça Claudemir.
Para reforçar o trabalho de combate à dengue e outras arboviroses, o CCZ vai atuar com visitas domiciliares, e, simultaneamente, mutirões e ações de educação em saúde. Entre os bairros com maior índice de infestação, Campo Limpo foi selecionado para quinta-feira (29) e, na sexta-feira (30), será a vez do Parque Leopoldina, Horto e Parque Rosário. As ações terão início sempre às 9h.
Em junho, os mutirões e ações de educação em saúde começam no dia 6 no Parque Nova Brasília, Parque Riachuelo e Novo Jockey. No dia 13, será nos Parques XV de Novembro, São Clemente, Bela Vista e João Seixas. Em virtude do feriado de Corpus Christi, as ações da semana serão antecipadas para o dia 18 e acontecerão na Penha, Lapa e Shopping Estrada. No dia 27, Parque Conselheiro Tomaz Coelho, IPS, Presidente Juscelino e São Caetano.
Fonte: Prefeitura de Campos
