×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Quando os royalties acabarem

.

Opinião
Por Redação
25 de maio de 2025 - 0h01
Foto: Agência Petrobrás

O recente aumento nos rees de royalties do petróleo em maio trouxe um alívio temporário aos cofres dos municípios do Norte Fluminense. Campos recebeu R$ 45,8 milhões, representando alta de 12 % em relação aos R$ 40,9 milhões de abril.

Macaé registrou R$ 80,2 milhões, um crescimento de 14,4 %. Quissamã teve R$ 11,5 milhões, 8 % acima do mês anterior. São João da Barra alcançou R$ 18,1 milhões, com avanço de 14,5 %. São Francisco de Itabapoana obteve R$ 4,3 milhões, 21,1 % superior a abril.

Embora esses números sejam animadores, é preciso lembrar que os royalties são receitas finitas e voláteis, ancoradas em variações diversas, sendo a principal delas o dólar.

A Ompetro, entidade que é formada pelos municípios produtores de petróleo no Estado do Rio, já antecipa recuo de 15,18% nos rees de junho. Diante desse cenário, a disciplina orçamentária deve ser prioridade para evitar déficits.

Manter equilíbrio fiscal é fundamental para sustentar serviços públicos e investimentos. Depender exclusivamente dos recursos petrolíferos compromete o futuro das cidades.

A diversificação econômica é urgente e estratégica. Investir em turismo, agricultura, logística e tecnologia é necessário para ampliar a base de receitas.

O J3 News mostra que os municípios têm ativos para que o fim dos royalties não sufoque suas economias. Campos pode explorar ainda mais seu polo educacional e de saúde privada. Macaé já demonstra a força do empreendedorismo local e parcerias público-privadas. São João da Barra tem no Porto do Açu uma alavanca para novos negócios. São Francisco de Itabapoana pode crescer no agronegócio e no turismo de veraneio.

Esse é o momento de expandir as vocações de cada município, transformando-as em geradoras de receita própria e empregos. Bom lembrar que quando os royalties acabarem essas cidades ainda estarão aqui. A pergunta: é como estarão?