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Israel ataca instalações nucleares no Irã

Bombardeio ocorreu na madrugada de sexta (13), horário local

Mundo
Por Redação
13 de junho de 2025 - 7h50

Reprodução Internet

As Forças de Defesa de Israel realizaram um ataque aéreo contra infraestruturas nucleares no Irã na madrugada de sexta-feira (13), ainda noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. O bombardeio resultou na morte de importantes lideranças iranianas, entre elas Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas do país. Dois cientistas nucleares também foram mortos na operação. O governo iraniano prometeu responder ao ataque, e, pouco depois, lançou mais de 100 drones em direção a Israel, levando as autoridades israelenses a orientarem a população a buscar abrigos e evitar áreas abertas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, em pronunciamento gravado e divulgado logo após o ataque, que Israel está em um momento decisivo de sua história. Ele declarou que o principal alvo foi a usina de Natanz, considerada por Tel Aviv como o centro do programa de enriquecimento de urânio do Irã. Segundo Netanyahu, a operação tem como objetivo impedir que o regime iraniano desenvolva uma arma nuclear, o que, segundo ele, representaria uma ameaça existencial à sobrevivência de Israel. O premiê israelense acrescentou que os bombardeios continuarão por quantos dias forem necessários.

De acordo com comunicado das Forças de Defesa de Israel, dezenas de jatos da Força Aérea israelense atacaram múltiplos alvos militares, incluindo instalações nucleares, em diferentes pontos do território iraniano. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou estado de emergência e anunciou o fechamento do espaço aéreo israelense para prevenir eventuais represálias. Em resposta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança, e um porta-voz dos militares iranianos declarou que tanto Israel quanto os Estados Unidos “vão pagar caro pela operação”.

O governo dos Estados Unidos confirmou ter sido informado previamente sobre a ação, mas negou qualquer envolvimento direto. As autoridades iranianas suspenderam todos os voos com origem ou destino no aeroporto de Teerã e convocaram uma reunião de emergência. Segundo fontes israelenses, o Irã estaria em estágio avançado de desenvolvimento de um programa nuclear secreto, com capacidade de produzir ogivas nucleares em questão de dias, o que intensificou a justificativa israelense para os ataques.

Em meio ao clima de tensão crescente, os Estados Unidos iniciaram a evacuação de pessoal diplomático em embaixadas localizadas no Oriente Médio. O presidente Donald Trump, que anteriormente se opôs a ações militares contra o Irã, expressou pessimismo quanto à possibilidade de um novo acordo nuclear. Em entrevista recente ao jornal “New York Post”, afirmou estar “muito menos confiante” na viabilidade de um tratado e chegou a declarar que Israel poderia conduzir ações ofensivas com coordenação dos EUA. No entanto, há temor na Casa Branca de que o governo israelense aja por conta própria, sem consentimento americano.

Ainda na quinta-feira (12), o Irã anunciou a construção e ativação de uma terceira instalação de enriquecimento de urânio, aumentando significativamente sua capacidade produtiva. A medida desafiou exigências dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à ONU, que censurou o Irã por violar compromissos internacionais de não proliferação nuclear. O episódio intensifica o risco de uma escalada no conflito e aprofunda o isolamento diplomático do Irã diante da comunidade internacional.

Fonte: G1